A partir de agora, tolerância zero. O Estruturação, grupo homossexual de Brasília, promete reagir a todas as formas de preconceito, seja manifestadas por atos concretos de violência ou presentes em letras de músicas ou comerciais. Para marcar o início da campanha pelo fim da homofobia no DF, o Estruturação fez ontem um protesto que começou às 12h na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Durante uma hora, cerca de 30 manifestantes mostraram faixas de protesto, abriram a bandeira com as cores do arco-íris ostentando uma tarja preta para simbolizar o luto e distribuíram 500 panfletos com reivindicações. Uma das reivindicações do grupo, segundo Márcio Koshaka, diretor do estruturação, é o esclarecimento do assassinato do ex-presidente do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa-DF), Marcelo Idalgo. Outro pedido é a criação de um programa no Distrito Federal para combater a violência contra homossexuais. ‘‘A polícia não está preparada para atender gays e lésbicas que são vítimas de violência e os educadores não sabem lidar com a questão dentro da sala de aula’’, avalia Koshaka. O grupo quer alertar as autoridades para o crescimento das agressões ao cidadão que tem uma opção sexual diferente e agendou uma série de reuniões com representantes dos governos federal e estadual. Ontem, eles foram recebidos na Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Qualificação Na próxima semana, os encontros serão na Secretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do DF e com a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Érika Kokay. ‘‘Precisamos sim qualificar as escolas e a polícia para atender bem aos homossexuais’’, concorda Kokay.‘‘O Estado não pode considerar que a discriminação é um crime menor’’, justifica. Dentro da política de não aceitar nenhum tipo de preconceito, o Estruturação começou esta semana uma campanha por e-mail contra um comercial de desodorante que insinua que quem não usa o produto anunciado atrai apenas homens. A proposta do grupo é encher a caixa de mensagens da empresa com reclamações. ‘‘Os publicitários precisam perceber que investir em propaganda ofensiva não compensa’’, afirma o presidente do grupo Estruturação, Welton Trindade
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