
Marcelo Hailler, da assessoria de comunicação do grupo Corsa, acredita que o tema une o movimento em torno da luta contra a homofobia. "É importante voltar ao tema da homofobia, que ainda é a principal causa de danos às pessoas LBGT. Esse tema também mostra a coesão de discurso do movimento. Se conseguirmos a aprovação do PLC 122/06, vamos poder abrir o debate sobre outros direitos negados à população LGBT".Odézia Rodrigues, assessora da diretoria do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, também contribuiu para os dois debates e se mostrou preocupada com questões de saúde, e desrespeito aos LGBT no acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), assim como outros direitos que não são regulamentados ou respeitados. "Este tema vai dar grande visibilidade, não apenas para questões jurídicas, mas para os interesses do próprio segmento, como leis aprovadas e que não vigoram como deveriam. Também é um tema importante, pois contribui para o crescimento político dos LGBT, ao propor uma busca pela cidadania por meio da conquista de direitos".Genivaldo Pocidônio, coordenador do Movimento Mel, de Guarulhos, gostou de participar da escolha e do debate sobre o tema: "O tema foi escolhido da melhor forma e, com certeza, atende às demandas que a comunidade LGBT necessita atualmente".Resgate político e celebraçõesFoi debatida também a organização da Parada do Orgulho, que passa pela intensificação do processo de politização de seu público. Os participantes articularam estratégias de disseminar o tema na sociedade, em nível nacional, fazendo uma campanha prévia de educação quanto ao assunto que será abordado – o que, segundo o vice-presidente da APOGLBT, Murilo Sarno, é o motivo pelo qual a escolha do tema foi antecipada.Como, além do caráter de protesto, o Mês do Orgulho também celebra as conquistas já alcançadas, a APOGLBT trouxe para a discussão a importância de se comemorar os 60 anos da assinatura do Brasil à Declaração Universal dos Humanos e os 10 anos em que o Conselho Federal de Psicologia desqualificou a homossexualidade como desvio patológico. Entre as grandes comemorações do próximo ano, estão os 40 anos da rebelião nova-iorquina de Stonewall, pioneira na luta pelos direitos humanos dos LGBT, dando origem às Paradas do Orgulho, em todo o mundo, cujo marco é 28 de junho – Dia Internacional do Orgulho LGBT.O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo é o conjunto anual de atividades de celebração e manifestação realizado pela APOGLBT, com o apoio de diversos órgãos e entidades, no qual são promovidos o Ciclo de Debates, o Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, a Feira Cultural LGBT, o Gay Day e a Parada do Orgulho, na Av. Paulista. A partir da escolha do tema, que será utilizado em todas as ações, serão definidos a arte gráfica e o LGBTema (hino musical) para o próximo ano (faça o download do material da 12º edição do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo em www.paradasp.org.br).
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