Hoje, os gays jovens estão usando menos camisinha porque eles, ao contrário de quem  tem mais de 40 anos, não viveram o tempo em que a Aids matava muitos e rapidamente. Depois do coquetel de remédios então... Para eles, a doença deixou de assustar." Esse pensamento, apesar de não ter autor, é quase mantra obrigatório entre rodas de amigos gays quando o assunto é Aids.Erroneamente, há a impressão de que gays até 24 anos de idade têm deixado de se proteger nas relações sexuais. Os dados disponíveis pelo governo e por ONGs acerca do assunto vão para outro lado, o que parece jogar aquela idéia na lista das lendas urbanas gays. Dados do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo sobre casos em 2004 e 2005 mostram que jovens de 15 a 19 anos são apenas a nona faixa etária, entre 11 pesquisadas, em número de ocorrências. Aqueles que têm de 20 a 24 anos ficaram em sétimo lugar. A maior quantidade de casos notificados ocorreu entre quem tinha 35 e 39 anos. Não há número sobre casosde infecção do HIV, apenas de Aids, que é quando a doença se manifesta. Quando o assunto é prevenção de DST/Aids, outro dado que mostra que a consciência dos jovens gays não anda tão em baixa vem de pesquisa realizada em 2003 pela Universidade de Brasília em parceria com a Gerência de DST/Aids do Distrito Federal e com o Estruturação, entidade GLBT local. A experiência do bancário Rhenan Bezerra Belém, 21, está de acordo com a pesquisa brasiliense. "A maioria dos caras que propõe fazer sexo sem camisinha são mais velhos que eu", diz ele, que mora em Brasília. De fato, enquanto 51,4% dos gays de 18 a 24 anos disseram fazer sexo seguro com parceiros ocasionais, o índice cai para 48% entre quem tem de 25 a 39 anos e para 42% entre aqueles de mais 40 anos. "Minhas primeiras transas foram sem camisinha, mas logo me conscientizei sobre a importânciade usá-la", avalia o relações públicas Júlio Cardia, 23, que reforça a tese de que o medo pode não ser a única forma de educação para o sexo seguro. Nos primeiros anos desta década, o Programa Nacional de DST/Aids estava preocupado com a tendência de crescimento da epidemia de HIV entre jovens apontada pelos números de todo o Brasil. A hipótese era que o uso dos coquetéis estaria tirando o receio de se infectar. Entretanto, atualmente, as taxas nesse grupo já se comportam como os índices entre gays e homens bissexuais em geral, que é de estabilização.A comemoração pelo não crescimento da quantidade de casos de Aids entre gays e homens bissexuais deve ser comedida, já que tal fenômeno se dá em patamares altos.Segundo pesquisa do Ministério da Saúde de 2004, apenas 3,5% dos homens transam com homens, mas esse grupo é responsável por 31,3% dos casos masculinos de Aids, ou seja, quase nove vezes mais do que se teria se houvesse proporcionalidade. A mesma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que enquanto apenas 28,2% dos héteros se protegem de DST/Aids seja em relacionamentos ocasionais seja em fixos, homossexuais e bissexuais levam esse índice a 44,3%, aí incluso os jovens.domingo, 11 de janeiro de 2009
Camisinha Sempre...
 Hoje, os gays jovens estão usando menos camisinha porque eles, ao contrário de quem  tem mais de 40 anos, não viveram o tempo em que a Aids matava muitos e rapidamente. Depois do coquetel de remédios então... Para eles, a doença deixou de assustar." Esse pensamento, apesar de não ter autor, é quase mantra obrigatório entre rodas de amigos gays quando o assunto é Aids.Erroneamente, há a impressão de que gays até 24 anos de idade têm deixado de se proteger nas relações sexuais. Os dados disponíveis pelo governo e por ONGs acerca do assunto vão para outro lado, o que parece jogar aquela idéia na lista das lendas urbanas gays. Dados do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo sobre casos em 2004 e 2005 mostram que jovens de 15 a 19 anos são apenas a nona faixa etária, entre 11 pesquisadas, em número de ocorrências. Aqueles que têm de 20 a 24 anos ficaram em sétimo lugar. A maior quantidade de casos notificados ocorreu entre quem tinha 35 e 39 anos. Não há número sobre casosde infecção do HIV, apenas de Aids, que é quando a doença se manifesta. Quando o assunto é prevenção de DST/Aids, outro dado que mostra que a consciência dos jovens gays não anda tão em baixa vem de pesquisa realizada em 2003 pela Universidade de Brasília em parceria com a Gerência de DST/Aids do Distrito Federal e com o Estruturação, entidade GLBT local. A experiência do bancário Rhenan Bezerra Belém, 21, está de acordo com a pesquisa brasiliense. "A maioria dos caras que propõe fazer sexo sem camisinha são mais velhos que eu", diz ele, que mora em Brasília. De fato, enquanto 51,4% dos gays de 18 a 24 anos disseram fazer sexo seguro com parceiros ocasionais, o índice cai para 48% entre quem tem de 25 a 39 anos e para 42% entre aqueles de mais 40 anos. "Minhas primeiras transas foram sem camisinha, mas logo me conscientizei sobre a importânciade usá-la", avalia o relações públicas Júlio Cardia, 23, que reforça a tese de que o medo pode não ser a única forma de educação para o sexo seguro. Nos primeiros anos desta década, o Programa Nacional de DST/Aids estava preocupado com a tendência de crescimento da epidemia de HIV entre jovens apontada pelos números de todo o Brasil. A hipótese era que o uso dos coquetéis estaria tirando o receio de se infectar. Entretanto, atualmente, as taxas nesse grupo já se comportam como os índices entre gays e homens bissexuais em geral, que é de estabilização.A comemoração pelo não crescimento da quantidade de casos de Aids entre gays e homens bissexuais deve ser comedida, já que tal fenômeno se dá em patamares altos.Segundo pesquisa do Ministério da Saúde de 2004, apenas 3,5% dos homens transam com homens, mas esse grupo é responsável por 31,3% dos casos masculinos de Aids, ou seja, quase nove vezes mais do que se teria se houvesse proporcionalidade. A mesma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que enquanto apenas 28,2% dos héteros se protegem de DST/Aids seja em relacionamentos ocasionais seja em fixos, homossexuais e bissexuais levam esse índice a 44,3%, aí incluso os jovens.
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Concordo com tudo.
ResponderExcluirTenho saudades de ti.
Como vais?
Vou te mandar o e-mail agora, nenê...
ResponderExcluirTe reste tranquille, s'il vous plaît.