sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ENCANTADO!!!


Em todas as minhas viagens conheci muitos gays. Por ter uma curiosidade incontrolável em histórias de relacionamentos amorosos sempre fiz questão de perguntar aos novos amigos sobre seus namoros, ex;namoros, ficadas e etc.Após ter escutado centenas de histórias cheguei a conclusão de que todos esperam pela versão gay do príncipe encantado: O GAY ENCANTADO.O gay encantado deve ser um homem sem trejeitos femininos, másculo, com voz normal ou grossa, corpo atlético ou perto disto, profissionalmente estabilizado, que more só, e que seja fiel.FIEL? Este foi o maior problema encontrado por mim. Este é um tema completamente controverso em todos os depoimentos, pois, afinal, há apenas um tipo de fidelidade ou mais tipos? Fidelidade afetiva? Fidelidade sexual?Fidelidade afetivo-sexual? A meu ver existem os três tipos.Em alguns relatos os relacionamentos terminaram devido a entrada de uma terceira pessoa no meio do relacionamento, sendo que essa entrada foi devido a realização da fantasia mais conhecida de todas: o sexo a três!!! Todos chegaram a conclusão de que o erro foi haver realizado este tipo de experiência, pois, sem este nunca haveria aberto a chance de seu parceiro conhecer outra pessoa. Alguns ainda acusaram seus ex-parceiros de não serem fiéis, pois o acordado foi que somente haveria sexo e nunca envolvimento afetivo com a terceira pessoa Duvidosa esta conclusão visto que qualquer um está a mercê de conhecer outras pessoas e consequentemente apaixonar-se. Esta foi a fidelidade afetiva.Outro tipo foi a fidelidade sexual. Ao meu ponto de vista foi a mais curiosa. As histórias escutadas foram das mais bizarras e engraçadas e dentre elas vale mais a pena a do meu amigo búlgaro. Por horas e horas ele chorou, falou mal, lamentou a perda de seu antigo amante, (um holandês casado com outro homem) sendo que foi deixado por ele após ter exigido que este holandês somente fizesse sexo com ele e não mais com o marido. Difícil entender? Sim! O holandês amava loucamente seu marido, mas na parte sexual eles eram um desastre. Então conheceu meu amigo búlgaro e por muito tempo mantiveram um caso extremamente sexual. Até que certo dia o holandês contou ao búlgaro que a noite tinha sido ótima com seu marido, que eles haviam feito sexo como nunca antes havia sido feito. O búlgaro ofendidíssimo rompeu com o caso alegando que o holandês o havia traído, pois, o amor poderia ficar com o marido, mas sexo teria que ser somente com ele. Sinceramente não entendo!!!O último tipo de fidelidade é a fidelidade afetivo/sexual, também conhecida como cabresto, corrente, prisão, ou por alguns como prova de amor. Nesta espécie encontrei gays que afirmam que uma relação baseada na extrema fidelidade faz com que tais relacionamentos sejam iguais aos dos heterossexuais. Também acredito ser uma conclusão duvidosa, pois manter um relacionamento heterossexual nem sempre significa que há fidelidade extrema os parceiros. Para não me acusarem de preconceito contra os heterossexuais, basta entrar em site de relacionamentos e você, após algumas horas de bate-papo constatará que há muitas pessoas casadas buscando outras pessoas para manter relações extraconjugais, ou “intraconjugais”.Mas voltando ao gay encantado...grande parte dos relatos foram de pessoas arrependidas de seus atos perante o homem amado. A exigência de que os namorados fossem perfeitos os levaram a terminar a relação e após algum tempo chegaram a conclusão de que seus ex-namorados eram o que sempre haviam esperado e não tomaram conhecimento disto durante a relação. O pior de tudo é que as exigências eram tão insignificantes que realmente creio que devem se arrepender dos seus atos mesmo. Ganhou um pouco de peso...vive na casa da mãe...voltou a fumar...quis sair sozinho com os amigos...trabalha demais...trabalha pouco...fala muito...fala pouco...e vários e vários motivos que os levarem a findar seus relacionamentos.Os relacionamentos mais interessantes que conheci foram de gays que se conheceram aos poucos. Numa semana se beijaram, em outra saíram para jantar, na terceira transaram, e depois de alguns anos namorando resolveram se casar. Todos afirmaram que seus maridos eram o que sempre esperaram encontrar.Acredito eu que quando se dá uma chance de conhecer um homem fora de ambientes noturnos ele poderá ser o seu príncipe encantado. Namorar por um longo tempo também é fato importante para que seu namorado realmente seja o seu gay encantado. Neste espaço de tempo se conhece os defeitos, qualidades, manias, hábitos que a pessoa possue, bem como, você poderá mudá-lo em coisas que você não goste, claro que com muita conversa e não berros.Em suma, para encontrar seu gay encantado basta olhar mais para o interior das pessoas, quem sabe dar chance àqueles que você a primeira vista não teve atração; tentar aceitar críticas ou criticar menos; ter hábitos saudáveis, mas não exagere na academia; pergunte mais... ou menos; não tenha medo de levar um fora, acredito em si; não seja perfeccionista com sua barriguinha, pois querendo ou não ela um dia vai crescer e também não seja com a dos outros; ame mais e não exija demais pelo amor dos outros; relaxe; e mais importante de tudo...LEIA, a coisa mais chata do mundo é não ter o que conversar com o seu GAY ENCANTADO!!!!

3 comentários:

  1. Todo mundo idealiza as pessoas. A gente acaba levando deveria mesmo levar pequenas sacolas onde esperamos recolher muita coisa.
    Talvez a gente encontre o tal gay ou príncipe encantado, talvez não, talvez ele seja afeminado talvez não, talvez ele seja fiel, talvez não... O importante e procurar...
    QUEM PROCURA ACHA(Adoro frase feita!)
    Até mais habibi...
    Beijão - por enquanto só no rosto, tá...

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  2. Qual o problema de ser afeminado?
    O bom mesmo é ser afeminado!!!
    Quanto mais, melhor, bah...

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  3. Em tudo e por tudo entendo haver como princípio básico para o agir das pessoas uma relação bem firmada com o próprio eu. Tem muita gente por aí que basta apertar um pouco para perceber que está no mundo à deriva e com todo entusiasmo em encontrar alguém mas sem qualquer empenho em se encontrar.
    Cadinho RoCo

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